Incendiário da Kyoto Animation é condenado à morte no Japão
Shinji Aoba, autor do incêndio na Kyoto Animation em 2019, foi condenado à morte no Japão. O incendiário foi responsável por 36 mortes
Na última quinta-feira (25), a justiça japonesa condenou à morte Shinji Aoba, o incendiário de Kyoto. Ele foi o responsável pelo incêndio que aconteceu no estúdio Kyoto Animation em 18 de julho de 2019. Foram 36 mortes e dezenas de feridos. Dessa forma, a condenação de Shinji foi por ataque incendiário e homicídio em massa.
Um crime hediondo
O julgamento aconteceu no Tribunal Distrital de Kyoto e teve como presidente o juiz Masuda Keisuke. Apesar das alegações da defesa, o juiz desconsiderou a possibilidade de Aoba não estar em posse das suas faculdades mentais ou sofrer de algum transtorno mental. Para a promotoria, no momento do crime, Aoba tinha domínio de suas ações e estaria motivado por conta de um suposto caso de plágio de uma história de sua autoria (acusação que a empresa nega veementemente).
O juiz ainda ressaltou que o criminoso chegou a hesitar antes de causar o incêndio e que evitava o contato com as pessoas, o que reforça a ideia de que estaria plenamente consciente de seus atos. Durante o julgamento, classificaram o crime como “verdadeiramente cruel e desumano”. No dia, Aoba gritava “morram!” enquanto iniciava o incêndio no edifício. Cerca de 70 pessoas se encontravam no local.
Além disso, o incêndio também atingiu o criminoso, que teve 90% de seu corpo queimado. Sendo assim, ele acabou passando por diversas cirurgias e esteve em coma por várias semanas. Ano passado, ele admitiu a culpa pelo crime e se mostrou arrependido pelo tamanho estrago que causou.
Ainda que os advogados de defesa tenham apelado, a promotoria exigiu a pena de morte.
A Kyoto Animation é um estúdio de animação japonês que atua nas áreas de animação digital e publicação de light novels. A fundação do estúdio foi em 1981 e é famoso por obras consagradas como “A Voz do Silêncio”, “K-On!” e “Violet Evergarden”.
Foto destaque: Kyoto Animation após incêndio em 2019. Reprodução/Reuters
