Grupo de mulheres denunciam tentativa de abolição do ministério de gênero
Grupo de mulheres denunciaram uma tentativa de abolição do ministério que pretende promover a igualdade de gênero na Coreia do Sul
Nesta sexta-feira (23), uma associação de grupo de mulheres realizou o requerimento para a nomeação de um novo nome para o cargo de ministro da igualdade de gênero. Ao mesmo tempo, denunciaram a tentativa do presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, de abolir o ministério, reduzir a verba destinada para ele e usá-lo como retórica política para se auto promover.
A associação conta com 902 grupos compostos apenas por mulheres, como o Korea Women’s Hot Line e a Womenlink. De acordo com elas, o presidente abalou o ministério de gênero para poder se fortalecer na posição que ocupa em meio à crise política que passou durante seus dois anos no cargo.
Ainda segundo as mulheres, Yoon reduziu o orçamento do ministério para 12 bilhões de won (aproximadamente R$ 44.640.000). Dessa forma, enfraquecendo a responsabilidade do órgão para promover a igualdade de gênero, proteger as mulheres da violência e apoiar as vítimas. Além disso, afirmaram que a verdade sobre a discriminação sexual foi distorcida e reduzida, o que tornou a vida das pessoas mais vulneráveis ainda mais difícil. E, também, que o ministério de gênero foi usado de maneira errada para fazer propaganda política para acabar com ele.
O movimento em prol da igualdade de gênero na Coreia do Sul
O movimento feminista na Coreia do Sul tem suas raízes na luta por direitos e igualdade de gênero. Nas últimas décadas, as mulheres sul-coreanas têm lutado contra uma série de questões, incluindo desigualdade salarial, discriminação no local de trabalho, violência de gênero e padrões culturais conservadores.
Dessa forma, houve um aumento na conscientização e no ativismo feminista, impulsionado por eventos como o Movimento #MeToo, que expõem casos de assédio e abuso de poder na sociedade. Isso levou a debates mais amplos sobre questões de gênero e uma crescente demanda por mudanças sociais e políticas.
No entanto, o movimento também enfrenta desafios, incluindo resistência cultural, críticas conservadoras e até mesmo retaliação contra ativistas. Apesar disso, as mulheres continuam a pressionar por mudanças e a lutar por uma sociedade mais igualitária.
Foto destaque: Movimento feminista na Coreia do Sul. Reprodução/Movimento 4B/Security Distillery