Governo irá recorrer a médicos estrangeiros para suprir grevistas
Devido à longa duração da greve dos médicos, o governo sul-coreano está considerando recorrer a médicos estrangeiros
O governo terá que tomar providencias por conta da greve dos médicos, para reduzir os obstáculos, realizando a contratação de médicos estrangeiros para exercer a profissão. Nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde anunciou que permitirá médicos licenciados tratar pacientes em hospitais nacionais com aprovação do ministro da saúde. O objetivo do ministério é expandir a reserva de mão-de obra preparada para preencher as lacunas médicas de longo prazo.
Médicos estrangeiros
A nova medida deve considerar médicos estrangeiros como substitutos para suprir a falta causada por demissões ou possíveis renúncias de profissionais locais. O ministro diz que essa medida visa “salvar vidas de pessoas e proteger a saúde pública”. Além disso, permite que estrangeiros trabalhem em hospitais durante a greve, enquanto o país enfrenta uma ‘crise médica causada pela escassez de pessoal de saúde
Os médicos formados fora do país serão elegíveis para cuidar de pacientes quando a crise médica chegar ao nível “grave”, que está atualmente em vigor. O maior grupo médico do país, a Associação Médicos Coreana (KMA), condenou o plano do governo afirmou ser uma ideia “insana”, informando que “coloca pacientes coreanos num banco de testes como sujeitos experimentais”.
Lim Hyun-taek afirma que trazer médicos estrangeiros pode afetar a qualidade dos serviços de saúde na Coreia, antes considerados os melhores do mundo. O governo ainda enfrenta um revés inesperado na fase final de finalização do aumento quota de admissão nas escolas médicas.
Maiores números de vagas
As universidades públicas que receberam um aumento de vagas e estão a rejeitar ou a abster-se de tomar medidas administrativas, como a revisão do seu código acadêmico para refletir a expansão das quotas. A Universidade Nacional de Pusan e a Universidade Nacional de Jeju rejeitaram uma moção para alterar código acadêmico para refletir vagas adicionais nas matrículas de suas escolas de medicina. Os professores de medicina e os médicos acolhem as decisões das escolas.
Foto Destaque: protestos em meio a greve dos médicos.Reprodução/Ahn Young-joon/AP