Governo coreano amplia incentivos fiscais corporativos
O plano do governo é revitalizar a economia nacional, incentivando o investimento empresarial em instalações e P&D
O governo da Coreia do Sul planeja ampliar os incentivos fiscais para empresas. O objetivo é atrair investimentos para instalações e pesquisa e desenvolvimento (P&D) na tentativa de melhorar a economia do país. Afinal, as altas taxas de juros têm limitado o investimento empresarial.
Choi Sang-mok, o ministro das Finanças, falou em um briefing no complexo governamental em Seul. Ele disse que a melhoria geral deve continuar este ano. No entanto, levará algum tempo para as pessoas sentirem isso. Isso se deve à velocidade diferente de recuperação das pressões acumuladas pela alta inflação e taxas de juros.
Choi também mencionou que a economia da Coreia está mostrando melhorias nas exportações. Isso está sendo seguido por uma melhoria gradual na demanda interna. Além disso, ele acrescentou que a demanda interna será mais fraca do que as exportações na primeira metade do ano.
Financiamento para crédito fiscal
Para lidar com a queda esperada na demanda, o governo vai estender o crédito fiscal de investimento temporário para investimento em instalações até dezembro de 2024. Isso expirou no final do ano passado. Ademais, o governo também aumentará a proporção de crédito fiscal para o investimento em P&D.
O anuncio foi feito pelo Ministério das Finanças em relação à sua política econômica para 2024, segundo eles, a proporção de crédito fiscal para P&D empresarial será aumentada em 10 pontos percentuais do novo valor do investimento.
O governo também financiará pelo menos 150 trilhões de won (115 bilhões de dólares) nos próximos três anos. Isso será para promover o desenvolvimento de cinco tecnologias-chave: chips, baterias reutilizáveis, bio, mobilidade futura e hidrogênio.
Investimento estrangeiro
O governo também pretende atrair um valor recorde de 35 bilhões de dólares em investimento estrangeiro, garantindo grandes projetos no exterior e melhorando os regulamentos que atualmente dificultam o investimento.
Para atingir a meta de exportações de 700 bilhões de dólares este ano, o governo pretende ganhar 57 bilhões de dólares em negócios no exterior. Ele também financiará um recorde de 35,5 bilhões de won para negócios, acima dos 10 trilhões de won do ano anterior.
O ministério também executará programas de liquidez no valor de 85 trilhões de won. Isso é uma tentativa de inaugurar uma aterrissagem suave para um mercado imobiliário que enfrenta riscos relacionados com empréstimos de financiamento de projetos (FP).
As preocupações aumentaram depois que a Taeyoung Engineering & Construction, uma construtora coreana de médio porte, solicitou um programa de reestruturação de dívida no final de dezembro. Isso foi devido a uma falta de liquidez em relação aos empréstimos imobiliários do PF.
A estatal Korea Land and Housing Corporation (LH) revisará os planos para adquirir e normalizar projetos imobiliários que enfrentam temporariamente problemas de liquidez. A LH pode participar diretamente nos projetos ou vendê-los a outros desenvolvedores.
O saldo total dos empréstimos pendentes do FP atingiu 134,3 trilhões de won no terceiro trimestre do ano passado. Enquanto o número era de apenas 112,9 trilhões de won no final de 2020.
Crescimento da economia
Além disso, espera-se que a economia da Coreia cresça 2,2 por cento e a inflação suba 2,6 por cento este ano. Isso é em comparação com o crescimento econômico de 1,4 por cento e um aumento da inflação de 3,6 por cento no ano passado.
Choi diz que o crescimento é esperado devido a uma melhoria nas exportações, ajudada pelo comércio global e pela recuperação do setor de chips.
Foto destaque: Ministro das Finanças do Governo Coreano. Reprodução/The Korea Times