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Assédio sexual destaque

Ex-diplomata coreano é condenado por assédio sexual

Ex-funcionário da Embaixada da Coreia em Wellington, Nova Zelândia, é condenado por assédio sexual a trabalhador estrangeiro e recebe pena de prisão suspensa.

Um ex-diplomata sul-coreano recebeu uma pena de prisão suspensa (prisão com liberdade condicional), na sexta-feira (30), por assediar sexualmente um funcionário estrangeiro na Embaixada da Coreia na Nova Zelândia, em 2017. O Tribunal Distrital de Incheon condenou o homem de 58 anos, de sobrenome Kim, a dois anos de prisão, com a sentença suspensa por três anos. O tribunal também determinou que Kim cumpra horas de serviço comunitário e palestras sobre prevenção de violência sexual.

O tribunal enfatizou a responsabilidade que o réu deveria ter mantido como diplomata, destacando que ele abusou de sua posição ao cometer o crime. Além da pena de prisão suspensa, Kim deve cumprir 40 horas de palestras sobre prevenção de violência sexual e 160 horas de serviço comunitário. Ele também está proibido de trabalhar em instituições ligadas a crianças, adolescentes ou pessoas com deficiência pelos próximos cinco anos. A corte considerou a gravidade do impacto do caso na reputação internacional da Coreia do Sul.


assédio sexual
O caso ocorre em meio a uma mobilização global para punir casos de assédio sexual no trabalho. Reprodução/CNN

Apesar de as acusações incluírem toques nos genitais da vítima, o tribunal não reconheceu essa menção. Além disso, a ligação entre o assédio sexual e o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) alegado pela vítima não foi confirmada. Parte dos registros médicos sobre o diagnóstico parecia se basear apenas no testemunho da vítima, o que gerou dúvidas sobre sua veracidade. O tribunal também questionou a credibilidade da vítima, principalmente após ela ter solicitado uma grande compensação financeira.

A controvérsia sobre o caso ganhou repercussão internacional quando a mídia da Nova Zelândia relatou a emissão de um mandado de prisão contra Kim, em 2020. A questão chegou a ser discutida entre o então presidente Moon Jae-in e a primeira-ministra Jacinda Ardern. Após retornar à Coreia em 2022, a vítima moveu uma ação contra Kim, que continuou em liberdade enquanto a justiça coreana lidava com o caso.

Foto destaque: fachada do Ministério do exterior em Seul. Divulgação/Ministério do exterior da Coreia do Sul.

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