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Escândalo da bolsa Dior da primeira-dama coreana pode ser reaberto

Partido Democrático afirma que o escândalo da bolsa Dior e outras acusações contra a primeira-dama serão tema da próxima Assembleia  anual

Dois anos após o escândalo da bolsa Dior, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, e sua esposa, Kim Keon Hee, voltarão a ser alvos de debate durante a auditoria anual da Assembleia Nacional. No final de 2022, a primeira-dama enfrentou críticas severas ao aparecer em público com uma bolsa de luxo da marca Dior, avaliada em aproximadamente $2.400 dólares. As alegações indicam que ela teria recebido a bolsa de um pastor famoso em troca de favores políticos.

Em uma coletiva de imprensa realizada no último domingo, o líder da oposição, deputado Park Chan-dae, afirmou que seu partido está “determinado a esclarecer” se a primeira-dama ofereceu favores em troca da polêmica bolsa Dior. Como primeiro passo, Park anunciou que o partido irá reapresentar, na próxima sessão plenária da Assembleia Nacional, o projeto de lei para nomear um conselheiro especial encarregado de investigar o caso. A proposta foi rejeitada pela segunda vez na sessão plenária da Assembleia na última sexta-feira, mesmo com a oposição ocupando cerca de dois terços dos assentos do parlamento.


À direita, o presidente Yoon Suk Yeol e sua esposa, Kim Keon Hee. À esquerda, close-up da bolsa. Reprodução/SAYS


A pressão da oposição para aprovar o projeto de lei surgiu após promotores de Seul terem isentado a primeira-dama e o pastor de quaisquer acusações criminais relacionadas ao recebimento da bolsa Dior no mês passado. Park também afirmou que, durante a auditoria da Assembleia, seu partido irá investigar outras acusações relacionadas à primeira-dama como alegações de manipulação de preços de ações e o uso de credenciais falsas para a obtenção de cargos públicos. “Nosso partido examinará minuciosamente os três anos de incompetência deste governo e responsabilizará o presidente, assim como as muitas suspeitas que cercam a primeira-dama”, disse o líder do Partido Democrático.

O líder da oposição, deputado Park Chan-dae, fez um apelo ao representante Choo Kyung-ho, do partido governista People Power Party, para que cooperasse na aprovação do projeto de lei. No entanto, em uma coletiva de imprensa realizada no mesmo dia, o líder do partido governista respondeu às críticas, acusando a oposição de transformar a auditoria anual em mais uma disputa partidária: “Ao invés de se focar em resolver os problemas do país, o Partido Democrático está determinado a transformar as auditorias anuais em uma oportunidade para repetir o mesmo velho ato de atacar a primeira-dama, enquanto os riscos legais de seu próprio líder só aumentam”.

Choo afirmou que os ataques da oposição à primeira-dama eram uma forma de desviar as críticas ao seu próprio líder, o deputado Lee Jae-myung, que atualmente é réu principal em quatro julgamentos criminais separados. A tensão entre os dois lados políticos aumenta à medida que as investigações em torno da primeira-dama continuam a gerar controvérsias.

Foto Destaque: O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, e sua esposa, Kim Keon Hee, durante uma visita ao Palácio de Westminster em Londres, Inglaterra. Reprodução/ NPR

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