Equipe médica confirma primeiro transplante de útero na Coreia do Sul
A equipe do Centro Médico Samsung confirmou nesta sexta-feira que o transplante de útero realizado em janeiro foi bem sucedido
O Centro Médico Samsung declarou nesta sexta-feira (17) que o transplante de útero feito por sua equipe em janeiro deste ano foi bem sucedido. Este é o primeiro transplante de útero bem sucedido na Coreia do Sul.
A operação
A cirurgia ocorreu em janeiro deste ano. A equipe multidisciplinar transferiu o útero para uma mulher de 35 anos que possui a Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser.
A MRKH é uma doença rara que afeta aproximadamente 1 em 5.000 mulheres ao nascer. A condição é caracterizada por um útero subdesenvolvido ou ausente. O transplante de útero torna possível que mulheres sem úteros funcionais possam gerar filhos.
A paciente já havia passado por um transplante antes desta operação. Porém, o útero foi removido após duas semanas.
No entanto, a equipe conseguiu fazer um segundo transplante em janeiro de 2023. A equipe declarou que a operação foi bem-sucedida, já que a paciente se encontra estável há mais de 10 meses.
Entretanto, apesar do bom resultado, o sucesso do transplante não se determina apenas pela aceitação do órgão, mas também pelo nascimento de um bebê saudável. Porém, a equipe tem boas esperanças para um parto saudável.
Transplantes de útero
Os transplantes de útero ainda são considerados cirurgias experimentais no mundo todo. O primeiro transplante bem sucedido ocorreu na Suécia em 2014 e resultou no nascimento de um bebê saudável. Bem como houveram outros casos em países como Reino Unido, Alemanha e índia.
O Seguro Nacional de Saúde não cobre o procedimento, que, além de singular, é caro. Ainda assim, atualmente o transplante é a melhor opção para mulheres inférteis que desejam ter filhos biológicos. Já que o processo de barriga de aluguel não é reconhecido pela lei sul-coreana.
Contudo, os médicos não planejam que o transplante de útero seja permanente. Eles planejam remover o útero após uma ou duas gestações. A segunda operação é feita para evitar uma dependência vitalícia dos medicamentos necessários para evitar rejeição do órgão.
Imagem em destaque: Útero. Reprodução/ Bebê Abril