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Disparidade salarial na Coreia do Sul é a maior do mundo

De acordo com a pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico a disparidade salarial na Coreia do Sul é a maior do mundo, com uma desigualdade salarial acima de 30%

A Coreia do Sul segue sendo o país com maior disparidade salarial entre homens e mulheres. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país foi o único que apontou uma diferença salarial acima de 30% em relação aos dois gêneros, assumindo o primeiro lugar no ranking. No entanto, o número de mulheres inseridas no mercado de trabalho atingiu o maior número já registrado no país. 

Além disso, de acordo com os dados do Serviço de Informação e Estatística Coreano, o país atingiu um número de aproximadamente 9,97 milhões de trabalhadores assalariados. De modo que, 47% da força de trabalho no mercado é de mulheres. Em relação às mulheres no mercado de trabalho, cerca de 68,7% trabalham em tempo integral, enquanto outros 28,1% são trabalhadoras temporárias e outros 3,2% trabalham por diária.


Mulheres em protesto na Coreia do Sul. Reprodução/Jung Yeon-je /AFP

Apesar dos avanços registrados no país, a Coreia do Sul ainda tem dificuldades para enfrentar a disparidade salarial. Com uma diferença acima de 30% na desigualdade salarial, o país segue em primeiro lugar no ranking da OCDE. Sendo que, em segundo lugar está Israel, com uma disparidade de 25,4%, e em terceiro lugar ficou o Japão com 21,3%. 

Desigualdade de gênero como principal fator

Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Coreano de Desenvolvimento da Mulher, para entender a disparidade salarial entre homens e mulheres, ao serem entrevistados, 39%  dos homens falaram que a maternidade é o principal fator para a desigualdade. Enquanto isso, 54% das mulheres entendem a discriminação de genero como o principal fator para a desigualdade salarial.

Além disso, a Coreia do Sul é o país com o custo de vida mais caro do mundo, e isso está desencorajando cada vez mais casais a terem filhos. A taxa de natalidade segue em queda, e as mulheres não se sentem seguras para terem filhos, já que apesar das mudanças positivas no mercado de trabalho, ele ainda está muito desigual.

Foto destaque: mulheres em Seul protestando contra medidas para acabar com Ministério da Igualdade de Gênero. Reprodução/bbcnewsbrasil

Klêisila Carneiro Rocha

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