Crianças fantasmas: Polícia investiga 193 casos bebês não registrados
A polícia de várias províncias sul-coreanas vêm investigando casos de crianças fantasmas não registrados no país, a polícia disse que vai investigar cada detalhe dos casos.
Nesta terça-feira (3) – fuso horário de Brasília-, o Escritório Nacional de Investigação da Agência Nacional de Polícia da Coreia, anunciou que está investigando 193 casos do que está sendo conhecido com “crianças fantasmas”, bebês cujo os nascimentos nunca foram registrados pelas autoridades locais, como um último esforço feito pelo governo para descobrir as crianças sem certidão de nascimento.
A polícia disse que recebeu 209 relatórios de bebês não registrados até terça-feira. O paradeiro de 20 bebês foi descoberto, nove desses 20 estão vivos e recebendo os cuidados necessários, resultando no arquivamento dos casos, segundo a policia sete não tiveram nenhum tipo de crime. Do número total de casos, 12 bebês foram encontrados mortos até o momento.
Atualmente, a polícia da província de Gyeonggi Nambu investiga cinco das 12 mortes; os outros sete casos foram encerrados, pois os possiveis acusados foram inocentados. A polícia disse que está acelerando as investigações para encontrar os 177 bebês sem nome.
A polícia de Gyeonggi Nambu disse ter recebido mais 28 relatórios das “crianças fantasmas” e que iria investigar mais a fundo os casos. Já a polícia da peovincial de Gyeonggi Bukbu, iniciou uma investigação sobre sete casos de bebês não registrados.
A Agência de Polícia Metropolitana de Seul se uniu ao Governo Metropolitano de Seul e a cada escritório distrital para investigar casos de bebês não documentados. Na terça-feira, a SMPA anunciou que foi confirmado 38 bebês não registrados, acrescentou ainda que investigaria minuciosamente os casos de abandono, abuso e negligência.
A questão dos bebês não registrados vem à tona depois que uma série de casos de infanticídio envolvendo bebês não documentados no último mês.
Outros casos de bebês não registrados encontrados mortos
No final do mês de junho, dois bebês sem registro foram encontrados mortos dentro de uma geladeira em uma residência em Suwon, província de Gyeonggi. A mãe foi presa por duplo infanticídio e, depois, indicada por homicídio e ocultação de cadáver.
O caso de Suwon ainda está sob investigação, um outro bebê não registrado nascido em setembro de 2022 foi encontrado morto e enterrado em Geoje, província de Gyeongsang do Sul, no mesmo período. Uma mulher de 20 anos e mãe do bebê, foi presa por deixar seu recém-nascido morrer de fome.
Em outro caso, uma mulher de 20 anos moradora de Hwaseong, província de Gyeonggi, foi autuada pela polícia sob a acusação de entregar seu bebê recém-nascido para uma pessoa não identificada que conheceu nas redes sociais logo após o parto em dezembro de 2021.
Na terça-feira, a Polícia Metropolitana de Busan disse estar investigando uma mulher que supostamente abandonou seu bebê nas colinas ao redor de sua casa após o parto em fevereiro de 2015. No entanto, a mulher não receberá a punição pois o estatuto de sete anos de limitações para o crime de abandono de corpo prescreveu no ano passado.
Foi divulgado um relatório de junho pelo Conselho de Auditoria e Inspeção que constatou pelo menos 2.236 bebês recém-nascidos que nasceram em instituições médicas e não foram registrados entre 2015 e 2022.
Atualmente, apenas os pais são obrigados a registrar o nascimento de seus filhos no governo, eles têm até um mês após o nascimento para fazer o registro
Entretanto, a Assembleia Nacional aprovou uma revisão da Lei de Registro de Relações Familiares onde exige que os funcionários de instituições médicas devem denunciar os recém-nascidos às administrações locais dentro de um período de 14 dias após o nascimento para evitar que não sejam registrados. A revisão passa a valer um ano após a promulgação.
Foto destaque: Sapatinhos de bebê (Foto: Reprodução/Divulgação)
