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Coreia tem queda de matrículas em universidades

Em meio à um declínio populacional, universidades da Coreia lutam para conseguir matrículas e completar suas turmas

Número de estudantes nas universidades da Coreia está abaixo do pretendido por conta da queda da taxa de natalidade no país. As universidades estão lutando para preencher suas turmas. De acordo com um dos maiores institutos de preparação universitária da Coreia (Jongno Hagwon), 169 escolas no país não conseguiram preencher suas cotas de admissão. 

Na análise de dados do Conselho Coreano para a Educação Universitária mostra que certas universidades não conseguiram atingir nem 50 por cento de seus objetivos de matrícula. Uma universidade conseguiu preencher somente 21,6 por cento de suas turmas ingressantes.

A Universidade Seokyeong teve uma maior escassez, necessitando de 111 alunos para atingir sua meta de matrículas, logo em seguida temos a Universidade Sejong precisando de 53, depois a Universidade Hansung com 34, Universidade Hongik com 31, Universidade Kookmin com 29, Universidade Chung-Ang com 19, Universidade Hankuk de Estrangeiros Idiomas com 18 e por fim a Universidade Hanyang com 17 alunos.

Na cidade oriental de Taebaek, província de Gangwon, a Kangwon Tourism College, a única faculdade da região, fechará no final deste mês por falta de alunos. E já é a segunda faculdade comunitária do país a fechar as portas, pois há seis anos a Daegu Future College fechou pelo mesmo motivo.


Dados indicam que 88,2% da escassez total de matrículas tem como responsável as Universidades fora de Seul. Reprodução/Revista KoreaIn.

Declínio Demográfico

O número de estudantes do ensino fundamental e médio no país cairá dos 5,2 milhões desse ano para 4,25 milhões em 2029 devido à queda da taxa de natalidade, segundo o Instituto Coreano de Desenvolvimento Educacional. 

Conforme as estatísticas do governo, em 2024 a população da Coreia deverá cair para 36,22 milhões, o menor nível desde 1977. A taxa de natalidade tem caído desde 2015 e além disso, em 2020 o país registrou pela primeira vez mais mortes do que nascimentos.

De acordo com especialistas, as razões para essas mudanças demográficas, se devem a cultura de trabalho exigente, aumento do custo de vida, mudança de atitude em relação à casamento e aumento da desilusão entre as gerações mais jovens.

Foto Destaque: Alunos estudando em sala de aula. Reprodução/Revista KoreaIn.

Bruna Carvalho

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