Coreia pede ao Japão “toda a história” da mina Sado
Coreia do Sul pede que Japão aborde “toda a história” da mina Sado em candidatura ao Patrimônio Mundial da UNESCO
A Coreia do Sul, hoje (14), instou o Japão a abordar “toda a história” de um complexo de minas de ouro. Em razão de estar ligado ao trabalho forçado de coreanos durante a guerra. Todavia, o motivo é sua candidatura como Patrimônio Mundial da UNESCO, após Tóquio aceitar uma recomendação internacional para revisar a submissão.
Na semana passada, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS), um órgão consultivo do Comitê do Patrimônio Mundial (CPM) da UNESCO tratou do assunto. Dessa forma, ele recomendou que devolvessem a nomeação da mina Sado ao Japão. Assim, pedindo mais explicações sobre toda a história e a remoção de áreas desenvolvidas após o período Edo (1603-1868).
Em suma, na submissão original, o Japão limitou a linha do tempo da mina à era Edo. Consequentemente, excluindo a história moderna, durante a qual o Exército Imperial Japonês cometeu atrocidades de guerra. Um funcionário do Ministério das Relações Exteriores de Seul disse que o Japão aceitou a recomendação de remover algumas áreas do período posterior. Logo, incluindo a Usina de Flotação Kitazawa na Ilha de Sado.
Os Coreanos fazem parte da história da mina
Porém, a Coreia do Sul protestou que o Japão pretende deixar de fora a parte da sua história. Pois, o Japão forçou milhares de coreanos a trabalharem lá durante a Segunda Guerra Mundial. Portanto, sendo quando a Coreia estava sob o domínio colonial japonês de 1910 a 1945. Os dois países estão em negociações sobre a inscrição da mina.
Uma inscrição na lista do Patrimônio Mundial requer mais de dois terços dos votos dos estados-membros do CPM. Normalmente, os membros tomam a decisão final por consenso. A Coreia do Sul é um dos 21 membros rotativos do CPM deste ano, com o Japão. O CPM decidirá sobre a candidatura da mina Sado em uma reunião em Nova Deli, marcada para julho.
Foto destaque: Mina de ouro da Ilha de Sado, candidata a Patrimônio Mundial. Reprodução/Japão em Foco