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Foto Destaque: cartazes na entrada da sede da Otan, em Bruxelas. Reprodução/Yves Herman/REUTERS

Coreia do Sul participa de reunião da Otan pela primeira vez

Parceiros da região Indo-Pacífico foram convidados pela nova administração geral da Otan para participar de reunião na metade de outubro

Durante a posse do ex-primeiro-ministro holandês Mark Rutte como Secretário-Geral da Otan (Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte), nesta terça-feira (1°) em Bruxelas, o novo líder do bloco anunciou a participação dos parceiros da região Indo-Pacífico (IP4) com os respectivos ministros da defesa da Coreia do Sul, Japão, Austrália e Nova Zelândia durante a metade do mês de outubro para reunião com o bloco.

Mark Rutte informou que o encontro está programado para os dias 17 e 18 de outubro e marca a primeira vez que os ministros da defesa do IP4 participam de uma reunião da Otan. Mark Rutte reforçou que a ocasião é uma oportunidade para buscar soluções para seus conflitos de interesse mútuo: “Estou ansioso para recebê-los e forjar uma abordagem conjunta para nossos desafios em comum”.


Mark Rutte durante conferência de posse, nesta terça-feira (1°) em Bruxelas. Reprodução/Inpendent/AP
Mark Rutte durante conferência de posse, nesta terça-feira (1°) em Bruxelas. Reprodução/Inpendent/AP

Encontro pode aumentar a tensão entre os países da Ásia

Apesar do convite ser uma demonstração de confiança e um reforço da segurança entre o bloco e a IP4, essa aproximação pode causar conflito entre outros países da Ásia que são alvos da Otan causando instabilidade na região. Ainda durante seu evento de posse, Rutte reafirmou o comprometimento da Otan em cooperar com a IP4 à medida que Rússia segue recebendo o apoio de países como China, Coreia do Norte e Irã durante sua a guerra contra a Ucrânia.

O interesse de se aproximar da aliança da Otan surgiu por parte dos parceiros da região Indo-Pacífico que assinaram uma declaração conjunta condenando os atos militares entre Rússia e Coreia do Norte. Coreia do Sul, Japão, Austrália e Nova Zelândia concordaram em intensificar a cooperação durante a cúpula da Otan realizada na capital Washington, em julho de 2024.

Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte

A Otan foi criada em 1949, durante a Guerra Fria, como uma aliança militar entre 12 países contra a União Soviética. Seis anos depois, a União Soviética lançou seu próprio bloco chamado “Pacto de Varsóvia”. A Otan trabalha o princípio de defesa coletiva, qualquer país que for atacado por um inimigo terá proteção por membros do bloco. Atualmente, a organização conta com 32 membros, entre eles Reino Unido, França, Bélgica e Turquia. Os membros mais recentes são a Finlândia que entrou em 2023 e a Suécia em 2024. O Brasil não faz parte da Otan, mas desde 2019 é chamado de aliado preferencial extra-Otan recebendo benefícios como a aquisição de tecnologias e equipamentos militares.

Desde 1991, a Otan realiza intervenções militares em conflitos internacionais e ações de combate ao terrorismo, são eles: a Guerra da Bósnia com cerca de 100 a 200 mil mortos (1992-1995); Guerra do Kosovo com cerca de 2 mil mortos (1998-1999); Guerra do Afeganistão 171 mil mortos, mais de 47 mil civis (2001-2021); Guerra do Iraque com 300 mil mortos (2004); Guerra Civil na Líbia, número incerto (2011); Guerra da Rússia e Ucrânia com cerca de 100 mil mortos (2022-presente).

Foto Destaque: cartazes na entrada da sede da Otan, em Bruxelas. Reprodução/Yves Herman/REUTERS

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