Coreanos têm situação financeira melhor do que imaginam
O Instituto de Desenvolvimento da Coreia informou que os coreanos têm uma boa situação financeira e nem imaginam
O CEO de uma empresa de porte médio, chamado Kang Min-ku, pensa que pertence à classe média, embora seja dono de um empreendimento localizado em Jeonju, uma província de Jeolla do Norte. Apesar de ter mais de 100 funcionários e pague os salários em dia, ele pontua que só conseguiu ter uma casa em Jeonju, mas não em Seul, pois os preços das moradias são mais altos.
Kang comenta que: “Acho que não ganho tanto dinheiro quanto CEOs de empresas maiores ou de setores mais promissores”. Ademais, o CEO faz parte do grupo de coreanos que não se sentem tão ricos quanto o que suas faixas de rendimento fazem sugerir. Isso porque esses rendimentos não satisfazem das suas expectativas como o aumento salarial, conquista da casa própria, dentre outros.
Levantamento do instituto
Nesse sentido, o Instituto de Desenvolvimento da Coreia (KDI) fez uma pesquisa sobre a percepção social relativa à classe média. Assim, cerca de 2,9% dos três mil adultos se identificaram como pertencentes à classe alta. O KDI nota que “a descoberta é uma surpresa quando se considera que os 20% mais ricos da faixa de rendimento são em geral classificados como classe alta”, aponta o relatório.
Cerca de 11,3% dos trabalhadores com rendimentos superior e com um salário mensal de 7 milhões de wons (5,1 mil dólares) informaram ser de classe alta. Por outro lado, 76,4% disseram ser de classe média, e os demais comentaram ser de classe baixa. Entre os classificados como classe média pelo instituto, cerca de 40% se consideraram como classe baixa na pesquisa.
“A descoberta mostra uma enorme lacuna entre o rendimento, os dados objetivos e o julgamento subjetivo das pessoas sobre a que classe social e economia pertence”, diz o KDI.
Instituto avalia disparidade
Esse resultado causa uma queda na renda disponível de 20% dos maiores rendimentos. A ‘renda disponível’ é o dinheiro disponível na renda de uma pessoa após a dedução dos impostos. Já os outros 20% com grandes rendimentos representam 40% de todo o rendimento disponível do país em 2021. Porém, os demais que estão nos quatros escalões de rendimento mais baixos viram as suas porcentagens crescer ao passar nos últimos 10 anos.
A taxa subiu de 5,3% para 6,7% no quinto inferior e de 11,1% para 12,5% para aqueles nos próximos 20%. Além disso, aumentou 16,3% para 17,3% para o grupo intermediário, e de 23% para 23,5% para aqueles do segundo grupo mais alto. Na classe média, os que tem emprego de ‘colarinho azul’ tinham uma tendência maior do que os outros com emprego de ‘colarinho branco’ que são classe baixa.
Foto Destaque: População não se acha rica na Coreia. Reprodução/Dodong.ru