China pretende acabar com bullying e excesso de dever de casa
China inicia uma campanha visando erradicar o bullying e reduzir a carga excessiva de dever de casa nas escolas
Na terça-feira (14), o Ministério da Educação da China anunciou o lançamento de uma iniciativa para enfrentar problemas como a sobrecarga de deveres de casa e o bullying nas escolas, como parte dos esforços para aprimorar a saúde mental dos alunos. O pronunciamento foi feito um dia após o anúncio de que o ministério estava promovendo educação em saúde mental para professores e alunos.
Com foco especial nas crianças migrantes rurais ou nas chamadas “crianças deixadas para trás”, cujos pais trabalham nas grandes cidades durante a maior parte do ano, o aviso do ministério, divulgado em seu site, descreveu 12 práticas negativas nas escolas, como invasão dos intervalos programados, negligência e tolerância ao comportamento intimidador.
Questão de educação já vem sendo discutida desde 2021
Desde 2021, Pequim vem buscando reformar o setor educacional e diminuir a pressão acadêmica sobre os estudantes. Reprimindo assim uma indústria de aulas particulares avaliada em 120 bilhões de dólares para reduzir os custos da educação. No entanto, muitos residentes apontaram os altos custos com cuidados infantis e educação como fatores que os levam a optar por não ter filhos.
Os anúncios surgem em resposta ao assassinato de um adolescente de 13 anos no norte da China, cujo caso gerou um intenso debate na mídia sobre a criminalidade juvenil e a situação das crianças deixadas em casa pelos trabalhadores migrantes. Em 10 de março, autoridades detiveram três garotos por supostamente intimidarem e assassinarem o estudante na pequena cidade de Handan.
Foto Destaque: Sala de aula com alunos estudando na China. Reprodução/China Hoje