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Laboratório de Pesquisa Subterrânea de Beishan, na Província de Gansu, no noroeste da China. Reprodução/Wang Ju/Xinhua News

China abre 12 centros de pesquisa nuclear para cientistas globais

Iniciativa da China visa promover o fortalecimento da cooperação global na pesquisa científica e no desenvolvimento de tecnologia nuclear.

Durante recepção realizada pela Autoridade de Energia Atômica da China (CAEA) e pela missão permanente da China nas Nações Unidas (ONU) e outras organizações internacionais em Viena, para celebrar o 40º aniversário da adesão da China à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), na última segunda-feira (16), Liu Jing, vice-presidente da CAEA, anunciou a abertura de 12 instalações de pesquisa nuclear da China para cooperação global.

Liu Jing também destacou as áreas de especialização das instalações científicas, que desenvolvem principalmente pesquisa nuclear, produção de isótopos, simulação de ambientes nucleares, testes de equipamentos e tratamento e descarte de resíduos radioativos. Entre as instalações que serão abertas para pesquisa estão o Reator Avançado de Pesquisa da China (CARR), o dispositivo tokamak de nova geração Huanliu-3 e o Laboratório de Pesquisa Subterrâneo de Beishan, na Província de Gansu, no noroeste da China.


Usina nuclear de reator refrigerado a gás de alta temperatura de Shidaowan, na cidade de Weihai, na província de Shandong, leste da China. Reprodução/CMG
Usina nuclear de reator refrigerado a gás de alta temperatura de Shidaowan, na cidade de Weihai, na província de Shandong, leste da China. Reprodução/CMG

Cerca de 200 participantes estiveram presentes na ocasião, com destaque para representantes da AIEA e embaixadores estrangeiros em Viena. O tema do evento, ‘Compartilhar para o Desenvolvimento’, transmite o objetivo da China de expandir suas pesquisas e se desenvolver em conjunto com outros países. O conceito também abrange a ideia confuciana de ‘Tianxia’, presente na política externa chinesa, baseada na filosofia de ‘futuro compartilhado’, que propõe um progresso conjunto, no qual todos os povos podem crescer e conviver em harmonia, colaborando e expandindo o conhecimento de forma integrada.

Cooperação global em pesquisa nuclear

Em 2023, as autoridades chinesas já haviam disponibilizado o Reator Avançado de Pesquisa da China (CARR) para que cientistas de todo o mundo pudessem realizar trabalhos nas mais diversas áreas. O Instituto de Energia Atômica da China, localizado no distrito de Fangshan, em Pequim, onde está o reator CARR, recebeu aplicações de pesquisa de vários setores, desde a indústria aeroespacial até o setor petroleiro.

No final de dezembro de 2023, a delegação que representa a América Latina da China National Nuclear Corporation Overseas (CNNC) esteve na sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do governo brasileiro responsável pela orientação, planejamento, supervisão e controle do programa nuclear do Brasil, visando apresentar os avanços chineses na pesquisa nuclear, seus investimentos em projetos no exterior e o interesse em colaborar com o Brasil no desenvolvimento científico.

Foto destaque: Laboratório de Pesquisa Subterrânea de Beishan, na Província de Gansu. Reprodução/Wang Ju/Xinhua News

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