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Celebridades do K-pop se pronunciam contra stalkers

Stalkers representam ameaça a privacidade e integridade dos ídolos de K-pop

A doentia obsessão de fãs fanáticos tem gerado cada vez mais preocupação dentro da indústria Hallyu (Onda Coreana). De acordo com o portal de notícias Korean Times, a polícia de Seul iniciou uma investigação na última quinta-feira (26) contra uma mulher de aproximadamente 30 anos, suspeita de perseguir o rapper Beenzino. A mulher teria rondado a residência do músico e o escritório de sua marca de roupas, a IAB Studio, o que levou o rapper a registrar um boletim de ocorrência. Contudo, Beenzino não é o único a sofrer nas mãos dos stalkers, artistas como Lee Jun-ho, Baekhyun, e Kim Jae-joong já expuseram publicamente que estão sendo vítimas de perseguição.

Em um evento recente da série “Salon de Lip 2”, o ator e vocalista do grupo 2PM, Jun-ho, relatou ter sido acordado às 3 da manhã por alguém tocando a campainha de sua residência. Em outro episódio, Jun-ho chegou em casa e foi surpreendido por uma desconhecida que o chamava de “Oppa” (irmão mais velho). “Eu estava em choque, mas me mantive calmo e perguntei quem era, e ela respondeu: ‘Sou eu'”, explicou o artista.

O membro do EXO, Baekhyun, também compartilhou uma experiência semelhante durante uma aparição em um canal de YouTube local, onde falou sobre o assédio que enfrentou ao longo de seus 13 anos de carreira. “O telefone não parava de tocar, e isso me deixava tão mal que  eu sentia que estava enlouquecendo,” Baekhyun continuou e explicou que teve que mudar de endereço por causa dos perseguidores: “Eu me mudei para um lugar que acreditava ser mais seguro, mas até lá eles invadiram… Um dia, vi alguém suspeito dentro de casa e perguntei como havia entrado. Os stalkers estavam ‘montando um exército de Vingadores’ entre os carros no estacionamento subterrâneo”.


Fãs invadem prédio vizinho ao evento de comemoração do 50º aniversário da Kolon, onde mais de 11 ídolos estavam presentes. Reprodução/ Sedaily


O relato mais perturbador veio do cantor Kim Jae-joong, ex-integrante do TVXQ!. Durante sua participação em um programa de rádio da SBS em julho deste ano, ele contou que, além de ter tido seu dormitório invadido, também sofreu um caso de assédio físico. “Uma noite, sonhei que uma mulher me beijou, mas algo estava estranho. Não parecia apenas um sonho. Quando abri os olhos, realmente senti o toque. Uma mulher estava em cima de mim, me encarando. Foi assustador,” disse Jae-joong, que finalizou com um apelo aos fãs: “Espero que vocês percebam que o amor levado ao extremo se transforma em medo”.

A fala de Kim Jae-joong ressalta a gravidade de um problema que só cresce no país. A pressão constante para manter uma imagem pública perfeita, aliada ao estresse de estar sempre sendo vigiado, torna a vida dos ídolos sul-coreanos extremamente desafiadora. As práticas de stalking são consideradas crime e representam um perigo, tanto para as vítimas quanto para os próprios perseguidores, que frequentemente se colocam em situações arriscadas na tentativa de se aproximar dos ídolos. No Brasil, o stalking é majoritariamente enquadrado como crime de ameaça, conforme o artigo 147 do Código Penal. As punições podem incluir multas, medidas protetivas e, em casos mais graves, a detenção do infrator.

Foto Destaque: Montagem dos artistas Beenzino, Lee Jun-ho, Baekhyun e Kim Jae-joong. Reprodução/ Last FM/ Times Now News/ Capricho/ Hit Magazine.

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