Saram Entertainment, agência de Park Gyu-young, promete proteger a atriz e tomar medidas legais contra responsáveis pela criação de deepfakes
Na última terça-feira (3), a agência da atriz Park Gyu-young, a Saram Entertainment, compartilhou um comunicado oficial informando que está tomando ações legais com severidade para punir os responsáveis por criar material de deepfakes com a imagem da atriz. Também reforçou o compromisso de proteger Gyu-young por qualquer tipo de abuso ou violação de sua imagem e privacidade.
No pronunciamento, a Saram Entertainment afirma que vai agir de maneira severa contra aqueles que produzem e disseminam conteúdo pornográfico criado com a imagem da atriz: “Recentemente, houve casos de produção e distribuição ilegal de conteúdo deepfake (vídeos sintéticos baseados em IA) direcionados à atriz Park Gyu-young. Nossa empresa responderá a essa questão com a máxima seriedade.”

A agência também tranquiliza os fãs de Park Gyu-young reforçando que está monitorando os conteúdos relacionados a artista e coletando evidências para tomar as devidas providências sobre o assunto: “Adotaremos uma postura firme contra qualquer atividade ilegal relacionada aos nossos atores. Agradecemos profundamente os relatos proativos e as preocupações de nossos fãs”.
Indústria do entretenimento coreano reage a deepfakes
Com o crescente caso de deepfakes envolvendo artistas da indústria do entretenimento, algumas empresas estão se posicionando firmemente e tomando medidas legais contra a produção e disseminação de conteúdos pornográficos criados por Inteligência artificial envolvendo seus artistas. A primeira a se posicionar foi a A JYP Entertainment, que em comunicado aos fãs do TWICE, anunciou: “Estamos adotando uma resposta legal robusta, sem tolerância para vídeos deepfakes, em colaboração com um escritório de advocacia especializado”.
A YG Entertainment também publicou um comunicado oficial informando que está monitorando os conteúdos envolvendo, principalmente, BLACKPINK e BABYMONSTER: “Estamos monitorando continuamente a natureza generalizada e maliciosa desta atividade ilegal, trabalhando para excluir/bloquear vídeos ilegais e tomando todas as medidas legais possíveis, incluindo processos criminais”. Recentemente, a Cube Entertainment, que tem o grupo (G)I-DLE sob sua gestão, também publicou um comunicado: “Tomaremos medidas legais rigorosas, sem tolerância, contra aqueles que criam e distribuem conteúdos deepfakes”.
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Estudantes, professoras e soldados femininas foram os primeiros alvos de deepfakes
No final de agosto, a Agência de Polícia Metropolitana de Seul e especialistas da indústria de TI do país identificaram um crescimento significativo de crimes sexuais online cometidos contra jovens menores de idade. A polícia também identificou uma sala online com cerca de 900 participantes que consumiam vídeos e imagens alteradas de forma explícita de soldados femininas. Os suspeitos utilizam inteligência artificial para realizar as alterações de imagens de mulheres para conteúdo pornográfico. No Telegram, são utilizados bots pagos e gratuitos que alteram instantaneamente imagens comuns do dia a dia para conteúdo explícito.
Foto destaque: Park Gyu-young para Saram Entertainment. Reprodução/Saram Entertainment