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Alunos estrangeiros falam sobre liberdade de expressão na Coreia

Apesar do interesse em expressar suas opiniões e exercer a liberdade de expressão, os alunos encontram obstáculos únicos como estrangeiros

Na Coreia, alunos internacionais são orientados a evitar a participação em protestos. No entanto, apesar do interesse em expressar suas opiniões e exercer a liberdade de expressão, eles encontram obstáculos únicos como estrangeiros em um país diferente.


Alunos protestando na Coreia do Sul. (Foto: reprodução/UOL)

De acordo com a lei coreana, a participação de estrangeiros em atividades políticas é restringida. Muitos sentem que estão efetivamente proibidos de participar de manifestações ou expressar opiniões políticas. “Como estrangeiro com visto de trabalho ou de estudante, nossos direitos são extremamente limitados”, disse um professor de inglês, estrangeiro, que mora no país.

Além disso, a participação em reuniões públicas exige o registro do evento na cidade, com detalhes sobre sua finalidade, escopo, localização e número de participantes esperados. Mesmo as manifestações registradas podem se tornar ilegais se se transformarem em reuniões violentas ou representarem perigo público.

Por outro lado, muitos estrangeiros optam por manter o anonimato em manifestações, usando roupas escuras discretas e máscaras. Contudo, a maioria das manifestações na Coreia são menos agressivas e raramente tão violentas quanto as manifestações em outros países. Muitos hesitam em defender publicamente suas crenças por causa da lei e das expectativas da sociedade. Uma exceção notável ocorreu em 2016, quando o consenso público tornou seguro expressar uma demanda pública com confiança.

Nesse ano de 2023, houve um grande movimento na Coreia que resultou na expulsão do presidente. Naquela época, a população estava indignada e não hesitou em se manifestar.

Luta pela liberdade de expressão

Apesar dos desafios, os estrangeiros na Coreia estão determinados a defender suas crenças. Um estudante britânico residente em Seul destacou a necessidade dos estudantes internacionais de expressar suas opiniões políticas, pois estão cientes de que esses pensamentos moldam sua realidade. Ele mencionou que, tendo crescido em comunidades multiculturais, eles sentem a necessidade de discutir essas questões.

Além disso, as redes sociais se tornaram uma alternativa para os estrangeiros se manifestarem quando os protestos offline não são viáveis. Um estudante italiano residente na Coreia observou que, devido ao tamanho da Itália e à distribuição da população, há poucas oportunidades para se organizar. No entanto, as redes sociais têm permitido um maior ativismo.

Foto destaque: Manifestação em Seul. Reprodução/Korea JoongAng Daily

Débora Monteiro

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