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Agência de espionagem sul-coreana averigua mísseis do Irã

A agência de espionagem da Coreia do Sul está averiguando se a tecnologia de mísseis da Coreia do Norte foi utilizada pelo Irã em Israel

A principal agência de espionagem da Coreia do Sul está determinando se a tecnologia norte-coreana foi utilizada nos mísseis balísticos disparados no ataque contra Israel durante a semana passada.

A princípio, ele disse“Estamos monitorando se os mísseis balísticos iranianos usados no ataque israelense incluíram tecnologia da Coreia do Norte, considerando casos anteriores de cooperação entre a Coreia do Norte e o Irã no setor de mísseis”, disse o Serviço Nacional de Inteligência (NIS) de Seul, na quarta-feira.

Assim, dado o histórico de cooperação entre Coreia do Norte e Irã na tecnologia de mísseis balísticos, autoridades levantaram a possibilidade de que partes da tecnologia norte-coreana estavam presentes nos mísseis balísticos lançados no último ataque. Isso destaca a complexa rede de relações internacionais e os desafios de monitorar e regular a proliferação de tecnologia militar.

De acordo com um relatório de 2019 da Agência de Inteligência de Defesa (DIA) do Pentágono, o míssil balístico de médio alcance Shahab 3 do Irã é uma variante de um míssil norte-coreano. Além disso, acredita-se que o míssil Khorramshahr desenvolvido pelo Irã esteja tecnicamente ligado aos mísseis Musudan da Coreia do Norte.

Os EUA

Os Estados Unidos principalmente, declararam estar “extremamente preocupados” com a suspeita de cooperação nuclear entre Coreia do Norte e Irã. A informação veio de Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, na terça-feira em Washington.

O Secretário de Imprensa do Pentágono, Pat Ryder, também disse em um briefing no Departamento de Defesa que os Estados Unidos levam “muito a sério” as ameaças representadas por Coreia do Norte e Irã.

Coreia do Norte e Irã estabeleceram laços diplomáticos em 1973. Desse modo, especialistas acreditam que a cooperação secreta em mísseis entre ambos remonta à década de 1980. As duas nações têm uma oposição compartilhada aos Estados Unidos e estão sujeitas a duras sanções internacionais.


Míssil balístico iraniano lançado no ataque a Israel/Reprodução/Korea JoongAng Daily

O posicionamento da Coreia do Sul

Em Janeiro, o NIS confirmou as suspeitas de que armas fabricadas na Coreia do Norte foram utilizadas pelo grupo militante Hamas. Contudo, Pyongyang nega suas transações de armas.

Em uma reunião do Gabinete na terça-feira (16), o Presidente Yoon Suk Yeol discursou para seus assessores sobre o ataque do Irã. Segundo ele é preciso: “manter uma postura firme de prontidão para o impacto que isso pode ter em nossa segurança e a possibilidade de provocações da Coreia do Norte“.

Yoon também abordou preocupações de que a instabilidade no Oriente Médio leva a um aumento nos preços internacionais do petróleo. Nesse sentido, impactando negativamente as cadeias de suprimentos e a economia da Coreia. O Ministério da Defesa de Seul enfatizou que as forças armadas sul-coreanas e norte-americanas podem detectar e interceptar ataques de mísseis da Coreia do Norte.

No domingo, o Ministério das Relações Exteriores de Seul “condenou veementemente” o ataque em larga escala de Irã a Israel. Além disso, pedindo a todas as partes que “exerçam contenção para evitar uma escalada adicional da situação”.

Em janeiro, o NIS – citando evidências – confirmou suspeitas de que armas fabricadas na Coreia do Norte estavam sendo usadas pelo grupo militante Hamas em sua guerra com Israel. O NIS disse que combatentes do Hamas usaram um lançador de granadas propelidas por foguete F-7 fabricado na Coreia do Norte, apesar da negação de Pyongyang de qualquer transação de armas com o grupo militante.

Foto Destaque: Outdoor anti-Israel com fotos de mísseis iranianos em Teerã. Reprodução/Yonhap News

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