League of Legends Champions Korea enfrenta clima ruim na China
Huya interrompe a transmissão da League of Legends Champions Korea no continente
A League of Legends Champions Korea (LCK), a principal liga de esportes da Coreia, deve enfrentar desafios de publicidade e financeiros, apesar de seu sucesso nos Jogos Asiáticos e no Campeonato Mundial do ano passado, de acordo com autoridades.
Para a Coreia do Sul, 2023 foi um marco, especialmente para o League of Legends (LoL) da Riot Games, um dos maiores títulos de esportes do mundo. Conquistaram duas medalhas de ouro, incluindo uma para LoL, nos Jogos Asiáticos na cidade chinesa de Hangzhou.
A T1, equipe da LCK apoiada pela SK Telecom, derrotou a Weibo Gaming da China em novembro para vencer o campeonato anual do torneio mundial de LoL. Não apenas como a vitória tenha sido considerada uma forte prova da posição da Coreia como uma potência global, como também a liga LCK teve um início com o pé errado em 2024.
Ao iniciar sua temporada na primavera, a Huya, uma plataforma de streaming de jogos na China apoiada pela Tencent Holdings, que também é dona da Riot Games, interrompeu as transmissões oficiais em língua chinesa da nova temporada. Sendo a primeira vez que as transmissões da LCK foram interrompidas na China continental desde 2018, quando a Huya se tornou uma parceira exclusiva de streaming da Riot Games para torneios regionais.
Direitos de transmissão
A Riot Games Korea informou à mídia local que a suspensão ocorreu por falta dos direitos de transmissão no país. Embora a empresa não tenha fornecido mais explicações. Algumas pessoas afirmaram que o problema, está relacionado à Generation Gaming (Gen.G), um dos principais clubes de esportes da Coreia.
Em dezembro, a Gen.G causou furor online na China ao se referir a Taiwan como um país em uma postagem no Facebook. A situação piorou depois que emitiu um pedido de desculpas que “reafirmou seu compromisso inabalável de respeitar e preservar a soberania e a integridade territorial da China”, e depois retirou e afirmou que permanece neutra em relação a opiniões políticas, o que levou a críticas generalizadas tanto de fãs chineses quanto coreanos.
Ke “957” Changyu, um jogador profissional que se tornou comentarista da LPL, na liga profissional de LoL na China, disse no início deste mês em seu canal pessoal de streaming que a interrupção na transmissão foi devido a problemas com a Gen.G.
Segundo fontes da indústria de esportes da China, que também confirmou ao The Korea Times, sob condição de anonimato, que a Gen.G foi uma das principais razões para a suspensão.
Tanto a Riot Games quanto a Huya não responderam aos pedidos de comentários sobre o problema de transmissão.
Prejudicaram os fãs e os envolvidos
A Coreia do Sul, com forte apoio governamental para políticas e infraestrutura relacionadas a esportes, está em um ponto crítico para a indústria global de esportes. O país estabeleceu uma extensa reserva de talentos em importantes títulos no mundo, incluindo Lee “Faker” Sang-hyeok, o lendário jogador de League of Legends. As equipes profissionais são apoiadas por alguns dos maiores conglomerados empresariais da Coreia, incluindo SK Telecom, KT e Samsung.
O ocorrido pegou de surpresa muitos fãs chineses de esportes, que foram às redes sociais expressar sua decepção após o incidente. A suspensão prejudicará certamente a lucratividade da LCK por meio da perda de receitas de taxas de licenciamento, pois a liga regional já se viu em apuros devido à sua incapacidade de garantir o crescimento da receita.
No primeiro dia da temporada, a LCK, um grupo de equipes afiliadas à liga, divulgou uma declaração conjunta para expressar suas preocupações com a sustentabilidade financeira sob a Riot Games Korea.
“… a audiência, fãs e o desempenho continuam crescendo. No entanto, apesar desse crescimento contínuo, a LCK League Corporation não conseguiu aumentar o valor comercial da liga nos últimos três anos”, segundo a declaração.
“Estamos mudando algumas das apostas que fizemos e ajustando como trabalhamos em toda a empresa para criar foco e nos direcionar para um futuro mais sustentável”, disse Jadeja em carta publicada. Ainda não está claro como a unidade coreana será afetada.
Sendo assim, Dylan Jadeja, CEO da Riot Games, anunciou que a empresa sediada nos EUA vai eliminar 11% de trabalhadores, cerca de 530 empregos, à medida que a empresa reduz negócios menos lucrativos e se concentra em títulos principais.
Foto destaque: League of Legends Champions Korea Reprodução/ MyFlickrYear23/ Flickr
